Franquia em quiosque pode custar um terço do investimento em loja

Franquia em quiosque pode custar um terço do investimento em loja

Franquia em quiosque pode custar um terço do investimento em lojaA concorrência por espaços dentro de shoppings e galerias levou algumas franquias a criar opções para ocupar os corredores destes centros comerciais. Por serem menores e não demandarem obras de adequação, a economia na abertura de um quiosque pode chegar a um terço do valor de uma loja.

Algumas marcas pedem investimento abaixo dos R$ 100 mil. Quiosques da Cacau Show (chocolates), Flavored Popcorn (pipocas) e Nutty Bavarian (nozes e castanhas adocicadas), por exemplo, custam a partir de R$ 60 mil, R$ 66 mil e R$ 80 mil, respectivamente.

Outras franquias, no entanto, ultrapassam os R$ 200 mil. São os casos da Contém 1g (cosméticos e perfumes) e da Chopp Time (cervejas). O investimento inicial é a partir de R$ 235 mil e R$ 240 mil, respectivamente.

Segundo Cláudia Bittencourt, diretora geral e consultora em franchising do Grupo Bittencourt, os quiosques são mais indicados para empreendedores com pouco capital para investir e franqueados que desejam um segundo ponto de venda próximo à sua loja.

Mas é preciso cuidado. A consultora afirma que é comum quiosques pagarem mais caro pelo metro quadrado dentro de shoppings devido ao grande fluxo de pessoas nos corredores. Em alguns casos, o valor pode ser até três vezes maior do que o cobrado das lojas.

“A parte mais importante a ser analisada pelo franqueado de um quiosque é a rentabilidade do negócio e em quanto tempo ele terá o investimento de volta. Ele não deve se iludir com o baixo custo inicial”, declara.

Período de locação para quiosques é menor

Além do custo maior do aluguel, o empreendedor precisa estar atento ao tempo de duração do contrato de locação. Segundo Eduardo Morita, diretor de desenvolvimento e negócios do Grupo Ornatus – detentor das redes Morana e Balonè – os contratos para franquias de quiosques, diferentemente das lojas, costumam valer por períodos curtos.

No caso dos shoppings de grande fluxo, o prazo pode ser de apenas três meses, com possibilidade de renovação. Há também quem faça contratos por tempo indeterminado, que podem ser interrompidos a qualquer momento.

“A recomendação é que os empreendedores tentem, pelo menos, contratos de seis meses ou um ano. Quanto menor o tempo de locação, maior o risco”, diz.

Concorrência por espaço nos corredores é grande

Outro ponto negativo, de acordo com Morita, é a disputa por espaços nos corredores dos shoppings. Os quiosques enfrentam a concorrência de estandes promocionais de incorporadoras de imóveis, montadoras de carros e operadoras de TV por assinatura. É possível, inclusive, um franqueado perder o ponto, ao fim do contrato, para estas empresas com maior poder de barganha.

“Se a franquia for uma marca conhecida, é mais difícil o shopping tirá-la de lá para colocar um estande promocional de três ou quatro meses. Por isso, é importante também avaliar o franqueador antes de investir [em um quiosque]”, afirma.

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